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Fausto Silva, 73, recebeu um novo coração, no domingo (27), em cirurgia realizada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O procedimento aconteceu um dia após a morte de MC Marcinho, que foi retirado da lista de espera para transplante de coração devido a uma infecção generalizada.


A operação do comunicador levantou questionamentos em relação às diferenças entre os dois casos, ontem, em publicações nas redes sociais. Mas, afinal, por que Faustão passou pela intervenção e o funkeiro não?


De acordo com Daniela Salomão, coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes, determinados quadros de saúde podem impedir a realização do procedimento.


Fausto e Marcinho não estavam com as mesmas condições clínicas. O apresentador estava internado desde o dia 5 de agosto, em um hospital particular em São Paulo, para tratamento de insuficiência cardíaca - com necessidade de diálise e uso de medicamentos para auxiliar no bombeamento do coração. O quadro o colocava como prioridade na fila.


Já Marcinho enfrentava outras complicações, segundo relatou a equipe médica do músico, que juntas inviabilizavam a cirurgia. A situação piorou após o funkeiro sofrer uma parada cardíaca, no dia 10 de julho, e precisar ser intubado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), em um hospital no Rio de Janeiro.


Durante todo o período de internação, os médicos realizaram diversos procedimentos, como a implantação de um coração artificial e o uso da ECMO, uma tecnologia que ajuda a oxigenar o sangue em aparelho fora do corpo.


O músico teve uma infecção generalizada, no dia 22 de agosto, sendo retirado da lista de espera para transplante do coração. Desde então, o artista dependia de ventilação mecânica e hemodiálise. O MC morreu no sábado (26), em decorrência da falência múltipla de órgãos.


Mais de 90% das cirurgias são feitas pelo SUS, mas pacientes que quiserem podem realizar o procedimento na rede particular, com seu médico de preferência. Independentemente da escolha, a captação do órgão continua sendo feita pela rede pública.


A doação de alguns órgãos pode ser feita por um doador vivo, mas a maioria vem apenas de uma pessoa já morta. Neste caso, a família do possível doador deve autorizar o procedimento.


A lista registrada pelo SUS segue ordem cronológica de inscrição, mas existem outros critérios além do tempo de fila, como a gravidade do caso e compatibilidade sanguínea e genética com o doador. Crianças também têm prioridade.


fonte: Faustão: por que MC Marcinho não foi transplantado? (uol.com.br)